Temporalidade - Rita Conde
Resisti à passagem do tempo, andei em contra-mão.
Tolhi o corpo infante, detive o juízo simples e pueril.
Na era da vida fiquei por Março, não cheguei a Abril.
Vê…! Estou ainda no Adro da Igreja a jogar ao Balão!
Os brinquedos dispersos encontram-se ainda pelo chão.
Faço e desfaço aquele infindável Puzzle de peças mil.
Sustento os temores e venturas do imaginário infantil
E só na tua cama adormeço o medo da eterna escuridão.
Fiquei a tua menina, “vó”! Vê, recusei-me a crescer!
Não aspirei nada mais além que o teu meigo cuidar.
Mantive tudo com apego… só para te não ver morrer!
Mas o tempo pesou… e não consegui por ti e em ti travar
O despontar do termo, o futuro certo e atroz de envelhecer.
E pequenina estou, como quando tardavas, nas escadas a chorar…
Tolhi o corpo infante, detive o juízo simples e pueril.
Na era da vida fiquei por Março, não cheguei a Abril.
Vê…! Estou ainda no Adro da Igreja a jogar ao Balão!
Os brinquedos dispersos encontram-se ainda pelo chão.
Faço e desfaço aquele infindável Puzzle de peças mil.
Sustento os temores e venturas do imaginário infantil
E só na tua cama adormeço o medo da eterna escuridão.
Fiquei a tua menina, “vó”! Vê, recusei-me a crescer!
Não aspirei nada mais além que o teu meigo cuidar.
Mantive tudo com apego… só para te não ver morrer!
Mas o tempo pesou… e não consegui por ti e em ti travar
O despontar do termo, o futuro certo e atroz de envelhecer.
E pequenina estou, como quando tardavas, nas escadas a chorar…
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